3 de dez. de 2010

Só...

Estar solteiro, no geral, é um quadro muito bom: não preciso dar satisfações, não tenho que me preocupar com a possível falta de caráter e/ou dignidade de ninguém, as noites são mais variadas e, na sua maioria, mais divertidas… Mas sinto falta de alguns momentos que, infelizmente, a solteirisse não pode (mais) me fornecer. Sei lá, não que eu não goste de variar os beijos, os toques, os corpos das mulheres que encontro, é que, às vezes, sinto saudade de poder chama-las de lindas, ao invés de gostosas, de tocar o rosto de leve, tirando com carinho o cabelo, tocar a nuca ao invés da bunda, abraçar com força, me sentir protegendo ao invés de com tesão… Também não serei mentiroso, eu gosto das promiscuidades como qualquer outro, não sou nenhuma espécie de santinho ou afins, só sinto um vazio estranho algumas noites, como se nenhuma pessoa no mundo estivesse, naquele momento, na mesma sintonia que a minha. Bom, enquanto a mulher certa não aparecer, o que posso eu fazer se não me divertir com o que tiver? A vida é isso aí, um poço de futilidades tocado por breves reflexos de lucidez…


Texto do Athos Pietro que eu adoro. Sem o que tirar, nem por. Mas se voce ainda quiser ser só minha, eu vou adorar abandonar minha vida de solteira.

23 de nov. de 2010

Água

Era mais fácil aguentar aquela situacao toda embaixo da água, ela nao conseguia chorar ali. Quase uma hora em baixo do chuveiro, sentindo aquela água batento em sua nuca, e escorrendo por todo seu corpo. Já nao fazia ideia da temperatura dela, nem de quanto tempo estava ali. Mas era confortável. Parecia doer menos ali, parecia que aquela dor toda estava escorrendo ralo abaixo. Ela sabia que quando saisse dali, voltaria para o mundo real, onde nao haveria aquele alívio momentaneo. Era fácil repassar toda a situacao em pensamento e tentar achar uma solucao. era fácil também reconhecer que o erro nao tinha sido dela, e que nao havia o que fazer agora. Os bracos apoiados no azuleijo gelado nao estavam nada confortáveis, mas nada mais importava ali. Só a água, misturada com as poucas lágrimas que ainda caiam, descendo pelo ralo.


Baseado nas piores decepcoes da minha vida. Mas nós aprendemos, e dói cada vez menos.
Stay beautiful

18 de nov. de 2010

A lei da reciprocidade

Por maior que seja o feito, as pessoas simplesmente nao se importam. Nada do que voce fizer vai ser suficiente, pra ninguém. Voce mesmo quer sempre mais, até porque comodismo nao é vida. Mesmo que seja pura ganancia, voce sempre vai querer mais. Se dar por satisfeito é desistir dos seus sonhos, daqueles que nem mesmo tempo de planejar voce teve, pois estava correndo atrás de algo que julgava ser prioridade. Talvez de um outro sonho, talvez de uma pessoa. Sem duvidas, a maior frustracao de um ser humano é fazer algo por alguém, e esse alguém nao reconhecer, nao perceber. Sempre nos ensinam a fazer as coisas sem esperar nada em troca, mas temos a imbecil esperanca de receber pelo menos um "obrigada". Fomos educados assim, desde pequenos nos dizem para nao fazer algo esperando volta e sempre a agradecer. Quando nao agradecemos, passamos por mal educados. Na nossa relacao com as pessoas nao é diferente. Quando se dá carinho, se espera um sorriso, um abraco, um reconheco, a porra que for, só pra termos a certeza de que está valendo a pena. Assim como todo mundo, é só isso que eu espero. Sentir que está valendo a pena. Um pouco de credibilidade também, afinal, ainda sou humana. Quando nao recebemos nada em troca, faz-se uma ferida, que vai cicatrizando aos poucos e criando resistencia. Bem que falam que, quanto mais se vive, menor é a dor. Pois já temos experiencia. Sabemos que tudo passa. E entao ficamos 'anestesiados, onde nada mais nos surpreende. E as verdades já nao doem tanto'.

This too shall pass, when the mornig comes.

8 de nov. de 2010

Ainda que

locução conjuntiva subordinativa de concessão
por Fel.

Ainda que ela esqueça, que ela finja que nada aconteceu, ainda que ela consiga olhar dentro dos olhos dele e não lembrar da quantidade de água que saiu dos dela por culpa dele, ainda que formem dois arco-íris de novo, ainda que ela não ouça mais certas músicas e lembre dele, ainda que a raiva que ela sente da idiotice que ele fez passe, ainda que ela não se sinta mais invadida cada vez que ele fale com qualquer pessoa que faça parte do mundo dela, ainda que ela não queira mais se esconder, que não se importe em contar pra ele como está a sua vida, que ela não tenha medo dele estragá-la de novo, ainda que ela volte a se sentir dele, que ela não sinta mais vontade de nunca mais olhar pra ele, ainda que ela não ache mais que ela pode ser feliz com outras pessoas ou sozinha, mas só com ele, ainda que ele volte a inspirar boas idéias e não só textos inúteis e tristes e amargos feito esse, ainda que ela consiga ser melhor do que ela é, ainda que ela olhe pra ele e pense que ela não deveria sentir o que ela sente, que ela deveria ser maior do que tudo isso, que ela deveria deixar pra lá, ainda que ouvir o nome dele volte a colocar um sorriso no seu rosto, ainda que o mundo acabe, existirá sempre esse abismo enorme entre os dois, que é a diferença infinita da definição de amor dela para a dele.


Eu poderia muito bem ter escrito esse texto, mas (in)felizmente a Fel do antigo Zine Vanilli traduziu em palavras o que eu sinto. Enfim, só tenho a agradecer a ela por ter me poupado do trabalho.
Como diriam elas:
Stay beautiful.

17 de out. de 2010

Senhor Otimista.

Foi só mais uma noite que voce conseguiu o que queria, e eu achei que sai por cima, pelo menos uma vez em sete meses. Mas por um lado essa ilusao foi confortante. A julgar pelo comeco da noite, nao imaginei como ia terminar, e nao esperava nada. Nao queria aquela noite. Pra mim já bastava a "agonia" de te ver aquela tarde. Alguma coisa me fez levantar da cama e sair de casa, e nao foi só o apelo quase irresistível da minha melhor amiga. Já que era pra sair, esperava algo bom, algo novo. Mas novidades sao para aqueles que sabem como inovar. Já eu, acabo sempre repetindo os mesmos erros. De imediato estava me sentindo bem. Eu me senti bem aquela noite- Aproveitei o resto dela da maneira mais inovadora que podia.E naquele momento eu nao te queria. Pelo menos ali eu nao pensei em voce, e nao queria estar com voce. Estava feliz por estar com alguém que sabe desse meu "momento", sem estar ferindo seus sentimentos. Porque voce é só um momento, e que já está passando. Ou pelo menos eu prefiro acreditar que sim. Mas sempre tem uma hora que tudo volta. A musica na minha cabeca, maldita musica que até entao era só minha. Estava explodindo por dentro, só de estar ouvindo aquela musica, podendo cantar e dancar de olhos fechados. Nao precisava de mais nada, e a distancia entre nós estava confortável. Só que chegou a hora que me deram a razao e a escolha. Eu esqueci a razao. Só depois que fazemos a escolha e cometemos o erro é que vamos lembrar da razao. A razao que nao te deixaria mal depois do impulso do momento. E mais uma vez eu olho pra minha amiga e falo "voce tinha razao". Mas eu to aprendendo. Cada dia dói menos. Cada segundo é um passo a mais para tirar o que resta de voce em mim. Hoje me sinto bem em dizer que a minha falta de sono nao é por sua causa, e sim por ansiedade. Só lembrei de voce por acaso, enquanto me apaixonava mais uma vez pela ficcao das séries de tv, e pelos galas inalcancáveis. Ainda me alimento de amores platonicos pra nao desistir de tentar ser feliz ao lado de alguém.

24 de set. de 2010

Pelo tempo que for

Aah, eu esperei tanto tempo
Mas, eu juro que não aguento

Já tentei te esquecer,
E quis parar de ter você no meu peito
O que eu faço pra ele me obedecer?

Ah, eu por um lado te entendo, morena
Mas eu continuo querendo

Eu sei que é tarde começar,
Mas nunca é tarde pra tentar
Nosso tempo iríamos aproveitar

Quero tentar te conhecer
Quero tentar te convencer

Sei que não é mais fácil assim
E se tanto faz ter um fim
Se o tempo faz esquecer
Não tem como te dizer
Se nada acontecer

Aah, os seus defeitos eu invento
Pra fingir que eu não me arrependo

De ter que ver você partir assim,
Sem antes ver você sorrir pra mim
Eu te juro, que um dia ainda vou me arrepender

Quero tentar te conhecer
Quero tentar te convencer

Sei que não é mais fácil assim
E se tanto faz ter um fim
Se o tempo faz esquecer
Não tem como te dizer
Se nada acontecer

Sei que não é mais fácil assim
E se tanto faz ter um fim
Se o tempo faz esquecer
Não tem como te dizer
Se nada acontecer

Se nada acontecer
Acontecer...
Não tem como te dizer!

20 de jul. de 2010

Filmes e clichês sao para todos

Nunca tentei fazer da minha vida um filme, que esperava ter um final feliz, clichê e previsível. Nem tampouco um drama, para ser vista como a coitadinha que já havia sofrido demais, mas vejo uma certa beleza e consigo achar inspiracao em histórias tristes. Afinal, finais felizes sao clichês, e nunca surpreendem tanto quando um final trágico. Queria a realidade. Sempre soube que possuímos uma forca maior do que achamos que temos. Já considerei saídas alternativas e nao tao lícitas para superacao de alguns problemas. Nao que eu ache o certo, mas acabo considerando por perceber que há uma certa beleza nisso também. Por isso os textos inspirados em musicas sobre pessoas em situacao desfavorável, geralmente por decorrencia de finais de relacionamentos. Nao que eu veja beleza nisso, ou seja pessimista, mas às vezes acho incrivel a forma como alguns encaram o fim de um relacionamento. Eu achava que nao gostava de comparar as coisas com filmes, mas isso nao posso negar que se encaixaria perfeitamente em um, se é que já nao existe. Achava que tinha pelo menos um pé no chao, mas me pego vendo seriados americanos onde a mocinha encontra um cara legal e bonito que gosta dela, eles namoram e vivem felizes para sempre. Imaginava conhecer pessoas interessantes nos lugares mais improváveis possiveis, mas isso também é coisa de filme. Hoje, agora de madrugada, estava na janela olhando o carro de lixo passar e me dei conta de que isso é a realidade. Se eu sair desde quarto agora, exatamente às 4:23 e for para a rua, ou para algum bar, nunca vai ser como eu fantasio daqui de dentro. A rua está completamente vazia. Voce nao odeia a cidade, ela que odeia voce. Ninguém vai chegar para mim e perguntar se está tudo bem e me oferecer um ombro amigo no meio da madrugada. Eu nao vou encontrar alguém interessante dancando bebada, e esta pessoa me levará de volta para casa em seguranca, e dai nasca algo incrível. Essa também nao é a realidade, mas era o que eu queria. Na verdade sou tao clichê quanto qualquer adolescente apaixonada que fantasia com o amor da sua vida, o primeiro beijo perfeito e um felizes para sempre. Só muda o tipo de fantasia, mas ela continua presente. A realidade é que amanha eu vou acordar, provavelmente com a minha mae reclamando por eu ter ficado a madrugada inteira na internet, ninguém vai me ligar simplesmente para ouvir a minha voz, eu nao sairei de casa, o que nao me deixará a possibilidade de encontrar alguém que faca alguma diferenca na minha vida, comerei algo sem nenhuma preocupacao com saúde ou coisa do tipo, passarei boa parte do dia sonolenta em frente à televisao vendo reprises de programas que já decorei, e no final da tarde será a mesma coisa. Meu pai chegará em casa, me contará algo novo, pegarei esse laptop e ficarei horas incansáveis na frente dele, vendo a vida acontecer enquanto fantasio em um blog. Deixei de mencionar que acordarei cedo, simplesmente para te dar parabéns por msn, pois é o unico horario em que consigo falar com voce sem que sua namorada saiba. E entao, meu dia será assim, e nao fez diferenca pra ninguém. Nem mesmo pra mim.

7 de jul. de 2010

"Conflitos existenciaais, tomam conta da minha cabeca" (8)

Duas e meia da madrugada (uma voz doce e delicada, pela janela me pedindo pra descer (8) mentira, é só uma musica) e eu estou com sono. Nao gosto de dormir tarde, porque gosto das manhas. Mas nunca tenho um bom motivo para acordar antes do meio dia. Estou escrevendo porque me deu vontade de falar que eu sou má. Simples. Na verdade nao sou má, só deixei de ser boba. Percebi que, pra certas coisas que me afetavam antes, hoje eu toco o foda-se. Infelizmente nao sao para todas ainda. Estou completamente perdida dentro das possibilidades que me cercam, sobre tudo, pricipalmente sobre meu futuro. Já chorei desesperada no colo da minha mae, pedindo ajuda pra resolver a minha vida. Pois bem, pode parecer ridiculo, mas provavelmente voce sabe o que quer para sua vida. Seja lá ser médico, advogado, mochileiro ou vagabundo, voce pelo menos tem uma vaga nocao do que quer para a sua vida. Eu nao. Todo mundo fala que precisamos de um sonho pra haver motivacao pra continuar, e eu nao tenho um sonho! Nao acho que querer ser alguém seja um sonho. Já conversei com milhares de pessoas sobre o que eu posso tentar no vestibular, o que eu vou fazer no final do ano que vem, e a unica (e triste) conclusao que eu cheguei foi que eu sou EXTREMAMENTE preguicosa. Quando minha mae falava isso, eu achava exagero, mas agora me toquei. Eu quero ser e fazer tudo, mas nao sei nem de longe o que fazer de inicio, e nem tampouco corro atrás. Tenho a repugnante mania de achar que as coisas vao acontecer naturalmente pra mim, e esqueco de fazer por onde. Por isso voltei a dancar, voltei a sair, comecei a ajudar meu pai às vezes onde ele trabalha. Mas pra mim isso nao é correr atrás. É simplesmente estar ativa para ver se alguma coisa misteriosa acontece e me leva a querer algo concreto pra mim. Eu que nao gosto de rotina, nao gosto de previsoes, pensando em algo concreto. Infelizmente é necessário. Juro que na próxima vida nasco rica, com aqueles pais que fazem tudo para o filho. Ai nao me preocuparei com previsoes, vou na loca mesmo. Na verdade acho que nem isso resolveria meus conflitos pessoais de adolescente em crise. E pra esse conflito eu nao consigo tocar o foda-se, e para vários outros também nao. Pelo menos consigo faze-los adormecer dentro de mim, para que eu também possa adormecer.
Acho que por hoje isso é tudo. Um texto feito em 15 minutos, sem nenhuma musica como inspiracao, e uma quantia até aceitável de lamentacoes (to melhorando nisso).

Hey, stay young and invincible...! Stay beautiful!

30 de jun. de 2010

Hoje estou calma, aliás, ultimamente ando muito calma. Felizmente (ou infelizmente) nao escrevi mais, o que pode ser um bom sinal, afinal só escrevo quando nao estou muito bem. Estranhamente hoje tive vontade de escrever, sobre pessoas novamente, e minha relacao com elas. Recentemente dei um basta em um "rolo" por assim dizer, de mais de 2 anos. Rolo porque nesses dois anos sustentei o posto de "a outra". Nesses dois anos ouvi as mais diversas promessas, até realmente cair na realidade. Só agora fui me tocar que estava sendo idiota, afinal, ele já está casado e com uma filha. E antes de um pré-julgamento, já explico, ele nao tem mais de 23 anos, entao nao é um tiozao. Confesso que fiquei meio mal, mas nada q durasse mais de uma hora, ou talvez até um pouco menos. Ele nunca foi parte essencial na minha vida, e só ele sairá perdendo. Bom seria se fosse só com ele essa historia de ser a outra. Há outro, esse de quase 3 anos, ou mais. Mas desse eu nao quero me ver livre, infelizmente, é exatamente o contrário. Tenho uma pontinha de esperancas, mas também nada que me faca desistir do resto. Com ELE sempre tive um pé no chao. Talvez seja por isso que aceitei ser a outra durante todo esse tempo. Com ELE é tudo diferente, de uma forma positiva. Nós combinamos, aprecio a sua companhia, mesmo que só como amigo, e acho que é reciproco de alguma forma. Pelo menos tenho certeza de que há alguma coisa em nós que nos faz voltar a se encontrar mesmo depois de quase um ano sem o menor contato. Mas nao vou deixar assim pra sempre. O tempo passa e ficamos cada vez mais exigentes. Queremos mais intesidade em tudo, e um pouco nos sentimentos, mas nao tanto. Uma hora nao nos contentamos mais em ser a outra, e decidimos que nao queremos mais isso. Entao damos um basta na situacao. Aprendemos também a nao deixar certas coisas afetarem nosso humor, mas isso leva tempo (e bota tempo nisso, às vezes acho que nao sao todas as pessoas que conseguem). Eu, por exemplo, confesso que fiquei chateada quando voce me ligou dizendo que nao viria. Mas passa, sempre passa. Por enquanto, estou dando mais tempo pra ver aonde essa situacao vai acabar, mas, acredite, esse tempo vai acabar. E nao garanto que demore. Enquanto isso aproveito voce, juntamente com a minha atual deliciosa vida de solteira. Voce ainda nao ocupa parte significante do meu pensamento. Mas nao porque eu nao goste de voce, e sim porque voce tem o dom de sumir por várias semanas. Também tem o dom de voltar, sem avisar, e sem me deixar brava pelo sumiço.
Entao é assim que finalizo hoje. Já estou de férias, mas ainda sinto prazer em acordar cedo pra ajudar meu pai no trabalho. É gostoso se sentir útil.

Stay beautiful, happy and fucking alive!
Love and rockets
Lay!

18 de mai. de 2010

Aniversário nao!

Já perdi as contas de a quanto tempo eu to triste. Ultimamente meu blog tem parecido tao atraente e consolador. Isso geralmente acontece quando as coisas nao andam bem. Falta menos de uma hora pra acabar o dia do meu aniversário, e estou esperando ansiosa pela hora de eu dormir, acordar amanha como se nada tivesse acontecido. Porque as pessoas acham tao absurdo eu nao gostar do meu aniversário?? Porque a maioria gosta? Por que ganham presentes. E o que eu ganho?? Um ano a mais de vida, sem nenhum acréscimo na minha personalidade, liberdade ou meu bolso. Nao posso negar que eu adoro receber recados no orkut e pensar: Po, tal pessoa lembrou do meu niver. Mas e o que tem? O orkut lembrou todo mundo, o máximo q as pessoas fizeram foi deixar um recado. Eu ainda chorei lendo o recado daquelas pessoas q um dia significaram algo pra mim. Também posso dizer logo de cara o nome de no minimo 5 pessoas que, ou nao me deram parabéns, ou foi bem menos do que eu esperava. Como já me disseram hoje, eu tenho que parar de criar expectativas. Até tentei falar pra ninguém lembrar, pra ver se a tristeza seria menor, ou a felicidade de ser lembrada maior. Mas foi tudo a mesma coisa. Minha mae está viajando, nao ganhei nenhum presente, só vou ganhar parabéns pessoalmente da minha familia daqui a duas semanas e foi tudo muito menor do que eu esperava.
Gracas a deus esse dia tah acabando. Aí ficarei um ano livre disso. Pena que daqui a um ano, sempre alguém vai lembrar.

Stay awake, man!

22 de abr. de 2010

butterflies on the inside

Ao som de musicas que nunca ouvi antes, volto aqui pra falar de um assunto que eu ainda nem sei qual é. Provavelmente meu ego falará mais alto, e seja sobre meus sentimentos que seja esse texto. O que é inevitável quando se tem muita coisa acumulada dentro de si e se está confuso. Mas felizmente é uma confusao que nao me traz aqui com lágrimas nos olhos, e sim com um brilho estranho neles. Finais de namoro sempre sao ruins, de uma forma ou de outra. Seja por ainda amar a outra pessoa ou apenas por estar acostumado com ela ao seu lado o tempo todo. É se ver sozinho novamente, sem aquilo no q voce se apoiou durante um tempo, e te fez bem. Mas é aliviante passar por isso sabendo que alguém está ali pra voce, esperando o tempo que for necessário pra ouvir aquilo tudo que ele já te disse. Chega a ser maldade, mas nao é possivel deixar de amar de uma hora pra outra, mas acho que seja possivel amar novamente com facilidade. Eu estou me deixando levar, e estou realmente feliz com tudo que me está acontecendo. É como se alguma coisa boa pela qual eu esperei por muito tempo tivesse se aproximando, e com isso toda a empolgacao da espera. Mas nao faco ideia de pelo que estou esperando. Minha espera maior já acabou, voltei a sorrir e a viver. Nao que nao estivesse bom antigamente, mas é uma sensacao nova, novamente. A expectativa da conquista, o frio na barriga de estar se envolvendo novamente, o gosto da conquista, a auto estima melhor! Os dias parecem tao lindos agora! Por mais que tudo o que aconteca seja uma tarde parada dentro de casa. Reaprendi o valor dos amigos, e a importancia de mante-los por perto. Agora to aprendendo. A dar valor às menores coisas, às pessoas, aprendendo a manter a cabeca ocupada, segurando o impulso que fariam de mim uma neurótica, e buscando aprender a ser feliz sem depender de ninguém. Voltei a ouvir musica! Voltei com meus planos de estudo, de trabalho, de danca, de musica, de vida! E a tristeza a gente maqueia e esconde num cantinho afastado, esperando que ela desapareca completamente.

8 de jan. de 2010

Manhattan, Friday's night.

Minha cabeca pesa uma tonelada em cima do meu pescoco. Naquele apartamento no centro da cidade me senti presa. Precisava sair. E nas ruas o silêncio. Os semáforos piscavam e as linhas de telefone nao funcionavam. Cansada de correr sob a luz da lua, um meio fio parece atraente.
O chao está congelando. Minha cabeca tombada nos joelhos, o vento frio batia na minha nuca baguncando meu cabelo. Com a cabeca já levantada abri os olhos. Ainda estava chorando. O vento gelado ainda batendo em mim, sinal de uma tempestade vinda do oceano. E eu me sinto no meio desse oceano, num pequeno e frágil barco. As luzes ao redor piscam. Você balancou e remexeu meu barco e me deixou encalhada, completamente apaixonada e sozinha. "Voce pensa em mim? Aonde estou agora? Aonde vou dormir?". É quase um grito dentro da minha cabeca. Sinto o efeito da bebida passando, nao sei se posso aguentar sóbria. Qualquer boate seria adequada agora. Entrei na primeira, e direto pro bar pedi mais uma dose de whisky. Sempre há alguém pior. O bêbado ao meu lado repetia: "O que é uma noite para uma danca? Voce sabe, eu sei dancar como uma máquina." Desejei por um momento estar no lugar dele. Com o fogo em meus ossos e o doce gosto de querosene eu fico perdida na noite, tao "alta" que nao quero descer para encarar as perdas que eu encontrei. Naquele escuro, com as luzes piscando ofuscando meus olhos eu te ouvia chamando meu nome. "Que idiotisse, esqueca!". Com o mais duro dos coracoes, eu ainda sinto dor. Mais um whisky. Alguém ao meu lado pergunta: "Voce está bem? Vi voce vindo até aqui...". Entao eu bebo, fumo e pergunto: "Você vem sempre aqui?" mesmo sabendo que eu nos conduzi para esse lugar. Sua frase continuava martelando em minha cabeca: "O tempo que passamos juntos foi tao precioso pra mim, mas enquanto isso eu estava sonhando com as festas.". "Nao, só quando quero esquecer algo." Nao entendi de inicio, depois me lembrei da pergunta que havia feito. Tomei o ultimo gole, necessitando de ar puro. "Quer sair e correr como um riacho montanha abaixo?" Ele riu. Com o vento em minhas costas, nao queria abrir os olhos. Só sei que o tempo todo você despedacou meu coracao. " E entao, o que vamos fazer agora?" Sabia que ele aceitaria qualquer sugestao, e estava satisfeita por nao sei tomada por uma enxurrada de perguntas. Ele só perguntou se eu estava bem uma vez, o que já estava de bom tamanho. "Meu apartamento está livre, lá tem mais whisky." Sabia que poderia nao ser o certo, mas o demonio em mim foi meu melhor amigo desde o inicio. A tempestade chegara, mas nem eu nem ele tinhamos algo a perder. Eu disse a mim mesma no caminho que voce se foi. Chovia tanto que parecia nevar. Os bosques pareciam escuros como a noite, pálidos como o velho luar. Todas as coisas parecias incompletas. De volta ao apartamento pequeno, achei que o ideal seria mais uma dose de whisky, mesmo estando consciente da minha situacao. Ele foi direto ao rádio, e um rock antigo e animado invadiu a sala. Resmunguei. "Somos jovens demais para nos sentirmos velhos!" ele disse dancando descompassadamente pela sala, com um copo na mao. Eu nunca chorei quando estava pra baixo, eu nunca tive medo do som. Jesus nao me ama, ninguém jamais carregou meu fardo. Eu sou muito jovem pra me sentir tao velha assim. É voce? Sou eu? Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém além de mim.


Inspirado e (quase) copiado das musicas do Kings of Leon: Closer, Revelry e Cold Desert.

Stay awake!

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